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Hatches médios: 3 carros que deram adeus, mas seguem sendo ótimos negócios

do UOL

Colunista do UOL

12/06/2025 12h00

A categoria dos hatches médios já foi uma das mais importantes do país. Quem tinha um compacto na garagem tinha como objetivo conseguir um maior, normalmente com mais espaço interno, acabamento caprichado e motor mais potente.

Cada fabricante tinha um representante nessa disputada categoria, que parecia jamais acabar. Entretanto, o sonho do hatch médio rapidamente foi substituído pelo do SUV compacto, a categoria da vez.

Nos cinco primeiros meses desse ano, apenas 172 hatches médios novos foram emplacados, sendo que todos são modelos de nicho, como Honda Civic Type R, Toyota Corolla GR e Audi A3. É uma pena, pelo menos para mim, ver que o mercado tem olhos apenas para os SUVs, e aos poucos vai renegado qualquer outra coisa diferente disso.

Felizmente ainda dá tempo de recorrer ao mercado de usados e aproveitar que temos boas opções de hatches médios. Na coluna dessa semana separei alguns para você considerar colocar na sua garagem.

Chevrolet Cruze Sport6 RS - Divulgação - Divulgação
Chevrolet Cruze Sport6 RS
Imagem: Divulgação

Chevrolet Cruze Sport6

O último hatch médio 'ível' foi o Cruze Sport6, que teve as últimas unidades vendidas no ano ado na versão RS - tabelada próxima dos R$ 170 mil. No mercado de usados, esse mesmo modelo, de 2023, tem tabela Fipe de 'apenas' R$ 127 mil, um baita negócio considerando tudo que o carro entrega.

Mas dá para pagar ainda menos por modelos mais antigos, mas igualmente bem equipados em itens de conforto e segurança, além do forte motor 1.4 turbo com câmbio automático de seis marchas.

Se considerarmos o modelo 2020, já com o facelift da última geração, a tabela Fipe cai para R$ 105 mil na versão Premier, a mais completa desse ano - quase o mesmo valor que a Chevrolet pede pela Onix Plus de entrada zero-km, com motor 1.0 e câmbio manual.

Já o primeiro ano dessa geração, em sua versão mais simples, a LT 2017, tem tabela Fipe de R$ 78 mil, valor próximo ao dos carros novos mais baratos do mercado, que obviamente são bem mais simples.

Golf GTI - foto: Volkswagen | Divulgação - foto: Volkswagen | Divulgação
Golf GTI
Imagem: foto: Volkswagen | Divulgação

VW Golf

O superpoderoso VW Golf, um dos carros mais vendidos de todos os tempos, morreu de maneira melancólica no Brasil. Com vendas fracas, teve sua linha de produção substituída pelo T-Cross, um produto mais simples, porém com o apelo da carroceria mais alta.

Não dá para dizer que a Volkswagen errou na escolha, já que o T-Cross é o SUV mais vendido no momento e o terceiro automóvel de eio mais comercializado, perdendo apenas para os populares VW Polo e Fiat Argo. Mas basta colocar um ao lado do outro para comprovar que o Golf é um produto muito superior.

O último ano do Golf foi em 2020, mas somente na rara versão híbrida GTE. Um ano antes foi o derradeiro do esportivo GTI, que hoje vale uma fortuna no mercado de usados, tendo anúncios que am dos R$ 250 mil - muito acima do que valia quando zero-km.

Pensando nas versões mais civilizadas, o último ano foi 2018, com preços que variam entre R$ 95 mil para a versão com motor 1.0 turbo e câmbio automático, e R$ 116 mil para a com motor 1.4 turbo também com câmbio automático.

Uma versão que eu considero bem interessante é a equipada com motor 1.6 aspirado e câmbio automático de seis marchas, que só tivemos no ano de 2016 e tem tabela Fipe de R$ 75 mil. Carrega tudo de bom que um Golf tem nos quesitos acabamento, equipamentos de conforto e segurança, com a simplicidade do motor aspirado. É como ter um Golf com custo de manutenção de Gol.

Peugeot 308 - Divulgação - Divulgação
Peugeot 308
Imagem: Divulgação

Peugeot 308

Por fim, um dos melhores da lista, pelo menos na relação custo-benefício. O Peugeot 308 sofreu tanto com desvalorização que hoje é barato por tudo que entrega. Saiu de linha em 2019, vendendo praticamente para frotistas nos últimos anos - o que dificulta conseguir algum que sempre tenha sido exclusivamente de particulares.

Nesse último ano, a mecânica era somente o motor 1.6 turbo com câmbio automático de seis marchas, que hoje custa entre R$ 60 mil e R$ 68 mil, dependendo da versão. Não tem concorrente no mercado de usados, que entrega tanto por tão pouco.

Dá para pagar ainda mais barato, se considerar o modelo 2016, primeiro ano do facelift, com valores entre R$ 52 mil e R$ 57 mil. Apesar da pouca diferença de preço, os mais baratos - mas não menos interessantes - são as duas versões naturalmente aspiradas, uma com motor 1.6 e câmbio manual, e outra com motor 2.0 e câmbio automático.

Claro que a versão com o motor 1.6 é mais interessante que essas duas, ainda mais custando quase o mesmo, mas considerando os nove anos de uso, os motores aspirados tentem a ter custo de manutenção bem mais barato, por isso também considero como boas opções.

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